Regras práticas de ortografia

1-Quando o som s se repete dentro da mesma palavra, quase sempre se emprega
Primeiro c e depois ss.
Exemplos: “processo”; “sucesso”; “necessário”; “retrocesso”; “abcesso”,
“antecessor”...  

2-Escreve- se g a seguir à sílaba inicial le-.
Exemplos: “legenda”; “legível”; “legião”; legionário”; “legislação”; “legítima”;
“legislatura”...

2.1-Escreve- se g a seguir à sílaba inicial re-.
Exemplos: “regedor”; regedoria”; regente”; regime”; Regina”; ”regeneradora”;
“regência”; “registrar”; “regimento”; “região”; regicídio”...

2.2-Escreve- se g a seguir à sílaba inicial al-.
Exemplos: “álgebra”; “algemado”; “algibeiras”...
Exceção: “rejeitar” e as palavras formadas a partir desta.

3- Escreve-se com j as palavras da mesma família das que finalizam em -ja ou -jo.
Exemplos:”canja”- “canjinha”
“granja”- “granjeada”
“loja”- “lojista”; “lojinha”
“anjo”- “anjinho”
“laranja”- “laranjinha”

4- As palavras terminadas em -eza, se derivam de adjetivos; escrevem-se com z.
Exemplos:
“triste”-“tristeza”
“belo”- “beleza”
“pobre”- “pobreza”
“duro”- “dureza”
“mole”- “moleza”
“certo”- “certeza”.

5- As palavras terminadas em -esa, se derivam de verbos, isto é de palavras que
indicam ações, escrevem-se com s.
Exemplos:
“defender”- “defesa”
“surpreender”- “surpresa”
“prender”- “presa”.

5.1- A terminação –esa é também usada para formar o feminino de alguns
substantivos.
Exemplos:
“chinês”- “chinesa”; “freguês”- “freguesa”; “marquês”- “marquesa”; “português”-
“portuguesa”...


6- Regras “x”/”ch”
14.1- A seguir a um ditongo usamos som x.
Exemplos:
“caixa”; “peixe”; “deixam”; “debaixo”..
.
6.2- A seguir aos grupos -an; -in; -on; -um escreve-se ch.
Exemplos:"
“lancha”;
“pedincha”;
“concha”;
“caruncho”;
“mancha”;
“prancha”;
“tronchuda”;”Funchal”.
..
N.B. Respeitar a origem das palavras: “peixe”- “peixaria”; “salsicha”-
“salsicharia”..


ESTUDO DAS PALAVRAS

1-     “ouve”- de ouvir / “houve”- de haver/ existir.

2-“porque”- significa motivo, causa ou fim.
“por que”- usa-se quando se pode substituir por “pela(s)” ou “pelo(s)” ou ainda
por “qual” ou “quais”.
Exemplo:
- Não fui ao jogo porque estava muito frio; aliás, este é o motivo por que
não vou a muitos jogos.

3-“contanto”- significa “desde que”.
“com tanto”- relativo a quantidade ou valor.
Exemplos:
- Irei ao cinema, contanto que não seja tarde.
-Com tanto barulho, não consigo ouvir nada.

4- “se não”- significa uma condição.
“senão”- significa “só por isso”; “somente”.
Exemplos:
- Amanhã, se não me acordarem, não vou ao parque.
- Vou ao parque, senão para pegar ar puro.

5- “ de certo”- indica indefinição; “de algum...”
“decerto”- significa “com certeza”; “certamente”.
Exemplos:
- Esta bola é de certo menino descuidado que decerto não se lembrou dela.

6- “com tudo”- significa “ com todas as coisas”.
“contudo”- significa “todavia”; “porém”.
Exemplos:
- Não aguento com tudo; contudo, gostava de ser capaz.
- O soldado defende-se com tudo o que tem.Contudo nem sempre consegue
vencer.

7- “enquanto”-significa “ao mesmo tempo”; ao passo que
“em quanto”- indica quantidade.
Exemplos:
-Enquanto jogas computador, não estudas.
-Em quanto óleo fritas as batatas?

Para ler e refletir

Tenho Tanto Sentimento

Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.


Fernando Pessoa


      "O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis e pessoas incomparáveis."
                                                Fernado Pessoa

Estratégias para o trabalho com Literatura – Ensino Fundamental....

FÁBULAS
Ø      Leitura de diversas fábulas clássicas trazidas pelo professor e pelos alunos.
Ø      Discussão de textos lidos, para que os alunos possam identificar as características mais comuns desse gênero.
Ø      Comparação entre versões diferentes. (autores, linguagem, intenção).
Ø      Observar palavras ou expressões que caracterizam os personagens e em um outro momento solicitar aos alunos que pensem em outras possibilidades de caracterização.
Ø      Desenvolver outros finais possíveis para as fábulas, inclusive estabelecendo outra moral.
Ø      Criar encontros entre personagens de diferentes fábulas.
Ø      Utilização dos elementos da fábula em outros gêneros textuais.
Ø      Escrita de fábulas a partir de elementos retirados de diferentes gêneros (crônicas, notícias de jornais, fatos do cotidiano do aluno, histórias de família).
Ø      Apresentação das fábulas criadas em forma de teatro,  antologia de textos dos próprios alunos, exposição de textos criados pelos alunos.

 CONTOS DE FADAS
Ø      Momento de “contação de  histórias”. Professor e alunos narram histórias que conhecem.
Ø      Solicitar aos alunos que desenhem como eles imaginam personagens de contos de fadas. A princesa, rei, príncipe, rainha, bruxa, ogro e outros entes fantásticos.
Ø      Discutir com os alunos por que os personagens de contos de fadas são caracterizados dessa forma. E depois pedir que eles façam uma nova ilustração.
Ø      Leitura de contos clássicos. Verificar a existência de versões diferentes.
Ø      Observar palavras ou expressões que caracterizam os personagens.
Ø      Identificação dos elementos da narrativa (tempo, espaço, personagens, narrador)
Ø      Apresentar versões animadas dos contos de fadas. (Walt Disney, Warner, etc) 
Ø      Trabalho com versões modernas que desconstroem os estereótipos dos contos clássicos. Abordar, por exemplo, a intenção pedagógica e moralizante das versões clássicas  e mostrar como elas se diluem um pouco nas versões modernas. Premissa tradicional: Siga as regras para ser feliz. Moderna: Seja você mesmo para ser feliz.
Ø      Produção escrita:
·        Finais diferentes
·        Encontro de personagens de diversos contos
·        Escrever uma carta para o personagem preferido
·        Produzir um conto de fadas a partir de um outro ponto de vista
·        Adaptar as narrativas para o tempo atual
 
Estratégias para o trabalho com Literatura – Ensino Médio
 
Prosa poética / Poema narrativo / Poesia

Ciranda de relação entre os textos:
1)      Texto bíblico extraído de João 1,1-3;
2)      Poema narrativo “Palavra”, de Moacir Sader;
3)      Fragmento poético de “Procura da Poesia”, de Carlos Drummond de Andrade;
4)      “Esparadrapo”, de Mário Quintana;
5)      Definição dicionarizada do verbete “palavra”;
6)      Fragmento do “Sermão da Sexagésima”, de Pe. Antonio Vieira, que tem relação intertextual com a Parábola do Semeador, presente em Mateus 13, 3-9;
7)      Poema “Tecendo a manhã”, de João Cabral de Melo Neto;
8)      Texto não-verbal: a presença / ausência das vozes.

Ø      Leitura e expressão oral dos textos;
Ø      Conversa sobre as impressões das leituras, singularidades, recursos utilizados nos textos poéticos;
Ø      Leitura comparativa dos textos, observando neles as abordagens da “palavra”;
Ø      Observar o uso das terminologias para definição do que seria a “palavra” em cada um dos textos;
Ø      Identificação de especificidades dos gêneros apresentados (estrutura, hibridismo dos gêneros);
Ø      Reconhecer a metalinguagem presente nos textos (a palavra falando dela mesma);
Ø      Estimular o aluno a perceber a intertextualidade que pode ser estabelecida entre os textos (muito embora ela, às vezes, esteja lá, é necessário que a inter-relação seja feita pelo próprio aluno, se isso não ocorrer, o professor poderá mostrar didaticamente com sua leitura como isso pode se dar);
Ø      Produção textual a partir da reflexão da questão “palavra”:
·        Nas suas palavra, o que é a palavra?
·        Definição referencial;
·        Definição poética / metafórica / narrativa;
·        Em forma de desenho.
Ø      Socialização das experiências práticas de escrita (apresentação à turma por meio oral, exposição de cartazes, varal de poesias, publicação em jornal e outros).

·        O Folhas 06 do Livro Didático Público (Palavras) também pode subsidiar o trabalho com essa temática.
·        Lembrar que as questões da cultura africana e afro-brasileira (Lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003), bem como da educação ambiental são amparadas por lei e devem ser contempladas na abordagem dos conteúdos específicos que a elas se relacionam. O Livro Didático público aborda essas questões nos Folhas 03 (Discursos da negritude) e 09 (Estratégias de manifestar opinião). No ensino fundamental os paradidáticos têm tratado constantemente destas questões.
 Bom trabalho!
Equipe de Língua Portuguesa